terça-feira, 21 de julho de 2009

A Medida da Sublimação

Ato concreto ou proferir desejos sem objeto?
Posso as palavras aqui medir?
Ou atitude desmedida preferir?
Por favor, me diga
Quais fatos tu queres ouvir?
São ou embriagado
Sansão matou o leão pardo:
Não são palavras malditas
Palavras eruditas
São palavras ainda não ditas

Ditongo ou Tritongo
Eis a questão
Prosear frases sem tesão
É como transar sem dizer palavrão
Sublime a vida
Sublima a ação
Verter este sangue em vocábulos
Põe meu mundo em rotação


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Religião e Linguagem

Deus.
O que essa palavra significa para você?
Para você e para muitos ela significa algo grandioso, acima do bem e do mal, e uma gama muito variada de significados, dependendo dos significantes despertados, e do que cada sujeito acredita ou atribui à Deus.
Segundo o Dicionário Brasileiro Contemporâneo de Francisco Fernandes, Deus é um Ser supremo, infinito, perfeito, criador e conservador do universo, a causa necessária de tudo o que existe; Divindade.
Assim como essa palavra específica, cada palavra da nossa língua e de outras, contém uma quantidade de significações que depende do sujeito e sua subjetividade na percepção da vida e da linguagem que sempre o circundou. Cada palavra costuma denotar ou conotar algum sentido. Denotar é mostrar, anunciar por certos sinais, significar, simbolizar. É o sentido literal de alguma coisa.
Conotação é o conjunto de caracteres compreendidos na significação de um dado termo, conceito, etc. Além do sentido referencial, literal, cada palavra remete a inúmeros outros sentidos, virtuais, conotativos, que são apenas sugeridos, evocando outras idéias associadas, de ordem abstrata, subjetiva.
E em se falando de religião, tudo que aparece nela na maioria das vezes tem um sentido conotativo. Toda religião e o próprio sentido de religião tem um problema sério com a linguagem. Ou porque é rebuscada e cheia de metáforas ininteligíveis para um público “leigo”, ou porque permanece uma linguagem “agridoce” onde os conceitos permitem distorções das mais variadas e escabrosas.
Isso tudo acaba por alimentar preconceitos, não simplesmente por as religiões causarem alienação nas pessoas ditas “religiosas”, mas por causa de que as religiões possam estabelecer falsos conceitos nas cabeças das pessoas.
É preciso separar o joio do trigo.
Os textos religiosos tentam apontar o “dedo” para uma realidade que é o Desconhecido, o incognoscível. E isso é difícil, senão impossível.





Crenças e sofrimentos insalubres

Minha cabeça coroada de espinhos
Meu Deus
Não é igual à Sua
Lavagem cerebral
Não faz espuma

Brilhante é a água do mar
Que iluminada pelo Sol,
Rei maior
Não carece de pompa
Nem de erguer um altar
Desta água não preciso beber
Desta água não preciso provar