quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Complexo de Afinidade


Complexo de Édipo, Complexo de Castração, Complexo Materno, Complexo de Inferioridade, até Complexo Adiposo estão dizendo por aí... Complexo, complexo, completo... Completo aqui mais uma etnia complexual moderna: Complexo de Afinidade.

Esse, como todos os outros nos ajuda a identificar uma coisa: Somos todos complexados mesmo. E complicados. E nem é para menos. Somos “obrigados” pela Cultura a nos mantermos felizes, disciplinados, antenados, e muitas vezes até alienados.

Somos coisificados pelo sistema.

Resultado: Preocupação, ansiedade, depressão.
Rememorando o comodismo cultural, um fantasma vem e nos diz : Tenha a Santa Afinidade!

Nesse microcosmo de uma cabeça só, penso que apesar de estar na moda hoje em dia essa coisa de afinidade, isso sempre foi uma boa maneira de nos relacionarmos uns com os outros, tendo afinidades.

É importante para o casamento dar certo, para a amizade, etc. Mas importante mesmo é estarmos atentos para uma coisa que usualmente acontece na nossa geração. Qualquer não-afinidade que ocorra em um relacionamento deixa um ou outro atônito, e cai toda aquela máscara de idealização. É sabido em Psicanálise que a idealização é um dos principais mecanismos de defesa do ser humano. Mas é preciso idealizar para viver. Há de que se ouvir a voz da Afinidade, mas é bom e saudável que tenhamos êxito ao enxergar as diferenças e não obturá-las a nosso contento, prejudicando assim o relacionamento.

Existe aquela velha máxima que diz: “Os opostos se atraem”. Não sei se atraem mesmo. Procuramos um pouco de nós mesmos no outro. Mas também buscamos o complemento. O que não queremos é a aporrinhação do que é discordante, conflitante, desarmônico, que são coisas que realmente existem em qualquer tipo e nível que se tenha chegado um relacionamento.

Parece haver um tabu hoje onde o diferente é arma que dispara sozinha. Fique alerta e fique na Sombra! Porque se o Sol te pegar meu filho, ... , Ahhh... Lá pelas tantas o Mar de Rosas vai secar...