domingo, 27 de março de 2011

Poesia - A Mentira (por Luís Augusto)

Mentimos Vivemos numa mentira coletiva Numa mentira convencionada Mentimos nossa piedade Nossa responsabilidade Nossa competência Nossos sentimentos Mentimos pela justiça igualitária Mentimos pelo lucro justo Mentimos pela preservação do meio ambiente Pelo bem-estar social Pelo desenvolvimento Pela pujança da nossa pátria Pelo cumprimento das metas Pelo que deve ser feito Mentimos para que o errado seja certo E para que o mal seja bem Para que a fome não se mostre Para que os indicadores sociais sejam positivos Para que a vida valha a pena Mentimos para a contabilidade, Mentimos para as estatísticas Para os nossos acionistas Para as planilhas de acompanhamento Para os nossos clientes Para os nossos chefes Mentimos para os nossos pais Para o nosso país Mentimos para o mundo e para a ONU (o que é a ONU, senão uma grande mentira) Mentimos para Deus e por Deus Mentimos para nossos companheiros Mentimos para o fisco e para o banco Mentimos a todo o momento E em tantas situações que mentimos para nós mesmos Mentimos para crermos Luís Augusto T. Morais

quarta-feira, 23 de março de 2011

Maria Bethânia e os milhões

“Maria Bethânia terá 1,3 milhão para criar blog

“A cantora Maria Bethânia conseguiu autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 1,3 milhão e criar um blog. A ideia é que o site ‘O Mundo Precisa de Poesia’ traga diariamente um vídeo da cantora interpretando grandes obras.”


A maioria já sabe sobre esse episódio, mas vale a pena ler o que André Barcinski da Folha comentou sobre isso em seu blog:

http://andrebarcinski.folha.blog.uol.com.br/

sábado, 19 de março de 2011

As Redes Sociais


Em tempos das “Redes Sociais”, twitter, facebook, orkut, myspace, e outros, jatos de tinta da impressora são economizados em pró de uma vida pró-ativa na tela, na “rede”. A Internet vem se tornando uma fábrica de ideias e vem tentando tornar nossas vidas mais interessantes do ponto de vista da troca de informações e estabelecimento de novos contatos. É fato que nos enredamos numa teia sem saída? A aranha deixará de produzir sua teia natural para virtualizar suas relações com a barata?

Sonhamos o tempo todo imaginando o que será da tecnologia no dia de amanhã… O que ela poderá nos trazer de novo, que surpreenderá nossos espantos…

Sabemos que a Rede Social “Facebook”, que fora retratada no filme “Rede Social”, foi criada com o intuito de compartilhar fotos, ideias, vídeos, perfis, e muitas adereços mais, potencializando a forma de entrarmos em contato com os outros pela Internet. O filme que conta a história de Marck Zuckerberg, criador do “Facebook”, narra não só os fatos da história da criação, veiculação, e briga pelos direitos do site, mas também narra de forma convincente os conflitos da vida por trás da tela do computador. Marck inicia a criação do site por causa de uma frustração com a namorada. E é vendo o perfil dela, no site que o próprio Mark construiu, que o filme deliciosamente termina. Não há tecnologia que faça voltar uma pessoa que já foi embora de nossas vidas.

Será que poderemos emergir dessa imagem metaforizada de nossos ideais, dessa falsa imagem de quem somos nós? Os vínculos de amizade e de “amor” estão ficando cada vez mais intermediados pela musculosidade de nossos perfis ideais, ideais esses que não compartilham, mas separam. É a “capa dura” e perversa do mundo virtual e sua exposição. Pelo fato de termos tão pouco tempo para vivermos relações “concretas” com as pessoas, a Internet foi tornando nossas relações sociais e as “relações” com a nossa subjetividade cada vez mais automatizadas. Será que temos tão pouco tempo assim? Ou apenas estamos substituindo os “veículos” de “troca”?

Cuidado hein, não temos tempo a perder, pois se pararmos para pensar, o fruto da “Árvore do Conhecimento” já vai ter caído, e não iremos ter tempo de narrar a criação do mundo. O Gênesis estará perdido no labirinto das interconexões da “Rede”.


Caio Garrido.


Lançamento Livro - "Poemas auto-escritos em estado de Sonambulovisão"



A obra “Poemas auto-escritos em estado de Sonambulovisão”, segundo livro de Caio Garrido, é um Inconsciente em ebulição. Para poder existir uma nova poética é preciso que haja um novo olhar frente ao mundo, ao universo e ao criterioso universo de um “Eu” em busca de expansão. Para que seja uma evolução ilimitada de mente, espírito, e coração, a poesia tem que retornar ao Antes do Começo. Um retorno quase “paleolítico”, aos meandros da mente e seus desejos. Caso olharem de frente para os poemas e poesias contidas neste livro, estarão próximos a uma visão que se aproxima da leitura de um mito. Leitura não no sentido concreto, mas de uma abstração em que os processos do pensar se sobrepõem, se misturam, se confundem.


Os “Poemas auto-escritos em estado de Sonambulovisão” nos obrigam, como leitores, a sonhar o tempo todo. É que a poesia é algo tão pessoal e subjetiva que ela só pode ser descrita na vivência auto-sonambúlica do autor. Não obstante a sua capacidade de ser metafísica, ela me parece ser anterior à linguagem quando esta se articula através de letras (sons) e palavras (fonemas). Poesia que refresca como um novo nascimento, podendo nos propiciar uma nova maneira de rimar e sonhar.

Prefácio de David Azoubel.
Arte da Capa: Jonas de Sene.

Lançto.:
Data: 7 de maio a partir das 19:30 hs
Local: Templo da Cidadania
R.Conde Afonso Celso, 333, Rib.Preto

+informações e vendas pelo blog:
http://www.caiogarrido.blogspot.com/


Download do Livro "Pena que foi Ontem"